sexta-feira, 10 de agosto de 2012


O Pai e os pais

Deus é comparado com muitas coisas na Bíblia: patrão, dono de plantação, pastor de ovelhas, luz, sol, fogo, etc. São metáforas, símbolos. No entanto, apesar de ser comparado com um pai, Deus é Pai em pessoa. Deus não é mãe mesmo quando é igual a uma mãe. Assim, não existe o Deus Pai, Mãe, Filho e Espírito Santo. Isto é uma idéia do politicamente correto, mas teologicamente errada. Da mesma forma, Deus não é Pai porque somos pais. Nós somos pais porque Ele é Pai. É uma questão de ordem na igreja e na família.
Assim é preciso deixar Deus ser Pai. É preciso deixar o homem ser pai. O psicanalista francês Charles Melman numa edição da Veja avisou: “Pela primeira vez na história a instituição familiar está desaparecendo e as consequências são imprevisíveis”. Segundo Melman, a ausência paterna no lar é a principal causa deste declínio. Para o psicanalista brasileiro Rubens de Aguiar Maciel, o pai é uma figura fundamental no papel e na sua função que tem para a personalidade da criança: “O papel de pai é mais normativo, tem a ver com as obrigações morais que ele deve ter diante de sua família. A função é algo mais profundo, diz respeito ao mundo interno da criança, à sua personalidade, seu lado emocional". Por isto os dados do Censo do IBGE 2010 preocupam quando afirmam que a quantidade de núcleos familiares no Brasil que seguem o modelo tradicional, pai mãe e filhos, representa menos da metade. Os números do Censo Escolar de 2009 já diziam que 5 milhões de estudantes não têm paternidade reconhecida na certidão de nascimento.
Evidentemente que não basta ser um pai presente. Têm pais que estão juntos e matam os filhos. Por isto a ordem do Pai dos pais: “Pais, não tratem os seus filhos de um jeito que faça com que eles fiquem irritados. Pelo contrário, vocês devem criá-los com a disciplina e os ensinamentos cristãos” (Efésios 6.4).

Pastor Marcos Schmidt

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