sexta-feira, 10 de agosto de 2012


Eu lhes desejo muito pão

por Max Silva e Marcelo Muller

Não é novidade para ninguém que se aproxima o Dia dos Pais. É dia de desejarmos a eles muitas felicidades, muitos anos de vida e tantas outras coisas mais.    No entanto,  nós queremos desejar algo diferente, queremos desejar a todos os pais pão, muito pão.

Soa estranho desejar pão no Dia dos Pais, não? Já explicamos.

O pão é um dos alimentos mais antigos do qual se tem notícia, utilizado em diversas formas e com diferentes receitas no mundo inteiro. Ele é tão representativo que, ao pedir em favor de todas as nossas necessidades físicas na Oração do Pai Nosso, Jesus simplesmente disse “O pão nosso de cada dia nos dá hoje” (Mateus 6.11). Este pão é alimento para o corpo, que constantemente necessita alimentar-se mais e mais.

No entanto, ao desejar pão, falamos daquele Pão que alimenta a pior das fomes – a fome de Deus. Carregamos dentro de nós um vazio que anseia, dia e noite, por plenitude. Por vezes tentamos preencher este vazio com “alimentos” inventados por homens, mas assim apenas aumentamos a fome que nos devora por dentro. Somente alimentados daquele que deu sua vida por nós, compreendemos quem somos em nós e quem podemos ser em Deus. Em Jesus Deus sacia a fome de nossa alma, nos alimentado com o pão da vida, da Vida Eterna.

E sabe o que há de curioso nisto tudo? É que este Pão nasceu numa padaria! Isso mesmo. Belém (em hebraico Beth lehem) significa “casa de pão” ou, poderíamos dizer, “padaria”.

Por isso, queridos papais, desejamos a todos vocês muito Pão, para que vocês sejam alimentados e para que, como testemunhas vivas do amor de Cristo, possam também alimentar vossos filhos.


Max Silva – Capelão da ULBRA em Santarém, PA (pastoral.stm@ulbra.br) 
Marcelo Muller – Capelão da ULBRA em Guaíba, RS (marcelom@ulbra.br)

Frase:
 “Quem come deste pão viverá para sempre.” 
    (Jesus Cristo, no Evangelho de João 6.58)

Dias Dele


No próximo domingo, celebraremos o dia da Energia.

Peraí, acho que não é bem isso. Parece que é o dia do Juiz.

Não, também não. Acho que é o dia da Força.

Também não? Claro, não é. Domingo que vem é dia dos Pais. Lembramos da figura paterna, ainda que em muitos lares ela não seja presente ou esteja desvirtuada. Mas não podemos deixar que o mau exemplo ofusque a devida homenagem aos pais que realmente se esforçam por fazer o melhor para os seus filhos. E por isso, o nome é definido: pai.

É desta forma que também o Pai quer ser lembrado sempre, todos os dias. Não como mera energia, abstrata, que está ‘por aí’. Não apenas como um Juiz pronto para punir todo e qualquer deslize. Nem mesmo apenas uma ‘força’, que aparentemente é capaz de fortalecer algo ou alguém.

Ele é Pai. Tem nome e também face. Ele se revela na figura do Filho, que é o caminho até Ele. E quando Jesus Cristo nos ensinou a orar, começou a oração modelo com “PAI nosso”. Sem dúvida Ele nos dá forças, sem dúvida ele é fonte de energia. E é também Juiz do erro quando não há arrependimento. Mas, acima de tudo, é o Pai Nosso que está no céu. E aqui, bem ao nosso lado.

Se presenciamos hoje tantas más referencias de pais humanos, que mostram descaso e falta até mesmo de humanidade para com o filhos que colocam no mundo, este Pai é a referencia certa de cuidado, amor, carinho por todos aqueles em quem Ele coloca a fé no coração.

Dia dos pais, portanto, é momento para celebrar o dia deles e também os dias Dele.

Ou seja, uma data para todos os filhos lembrarem o quanto precisam do Pai.


(texto a partir de uma ilustração do P. Grasel, capelão da ULBRA)

O Pai e os pais

Deus é comparado com muitas coisas na Bíblia: patrão, dono de plantação, pastor de ovelhas, luz, sol, fogo, etc. São metáforas, símbolos. No entanto, apesar de ser comparado com um pai, Deus é Pai em pessoa. Deus não é mãe mesmo quando é igual a uma mãe. Assim, não existe o Deus Pai, Mãe, Filho e Espírito Santo. Isto é uma idéia do politicamente correto, mas teologicamente errada. Da mesma forma, Deus não é Pai porque somos pais. Nós somos pais porque Ele é Pai. É uma questão de ordem na igreja e na família.
Assim é preciso deixar Deus ser Pai. É preciso deixar o homem ser pai. O psicanalista francês Charles Melman numa edição da Veja avisou: “Pela primeira vez na história a instituição familiar está desaparecendo e as consequências são imprevisíveis”. Segundo Melman, a ausência paterna no lar é a principal causa deste declínio. Para o psicanalista brasileiro Rubens de Aguiar Maciel, o pai é uma figura fundamental no papel e na sua função que tem para a personalidade da criança: “O papel de pai é mais normativo, tem a ver com as obrigações morais que ele deve ter diante de sua família. A função é algo mais profundo, diz respeito ao mundo interno da criança, à sua personalidade, seu lado emocional". Por isto os dados do Censo do IBGE 2010 preocupam quando afirmam que a quantidade de núcleos familiares no Brasil que seguem o modelo tradicional, pai mãe e filhos, representa menos da metade. Os números do Censo Escolar de 2009 já diziam que 5 milhões de estudantes não têm paternidade reconhecida na certidão de nascimento.
Evidentemente que não basta ser um pai presente. Têm pais que estão juntos e matam os filhos. Por isto a ordem do Pai dos pais: “Pais, não tratem os seus filhos de um jeito que faça com que eles fiquem irritados. Pelo contrário, vocês devem criá-los com a disciplina e os ensinamentos cristãos” (Efésios 6.4).

Pastor Marcos Schmidt

segunda-feira, 6 de agosto de 2012